Parece que meus amigos vêem em mim uma espécie de senhora-aceita-desafios. Só pode.
Depois do Renato D’Paula e o nascimento inexplicavelmente emocionante de sua filhota Isabella, uma amiga da capital federal, Elis Frigini me escolhe para tornar pra sempre um momento único na vida de seu parceiro de vida.
Antes de falar sobre o que fui fotografar, tomo a liberdade dos antigos poetas para me exceder em um ou outro comentário.
Antigamente, não tão antigamente assim, quando se dizia ser ‘fotógrafo’ quem ouvia tal definição entendia que estava diante de si uma pessoa que com sua câmera imortalizadora de cenas tinha o dever, poder e prazer de sair por aí mirando e disparando tiros para o infinito da fotografia.
E era assim mesmo.
O fotógrafo de alguns anos atrás, pintava com luz desde fotos de documentos, ao evento social mais inesperado possível. E nesse reboliço, encaixava-se ainda, sessões de moda, fotografias de produto, imagens autorais e o que mais sua ferramente pendurada no pescoço se dispusesse a trabalhar.
Se era ruim? Não acho.
Se era bom? Não sei. Era como era.
Acontece que o advento tecnológico chamado vida, impulsionado pela globalização causou uma ânsia por especialização em todos os setores da vida cotidiana.
O que antes era tido apenas para médico e suas ‘especialidades’, expandiu-se do doceiro ao fotógrafo.
E aí, passamos a ter, fotógrafos sociais, fotógrafos de balada, fotógrafos de batizados, fotógrafos de retratos, fotógrafos de internet e fotógrafos de casamento.
A especialização trouxe junto um medo de sair da rotina.
Parece que hoje todos seguem a risca o ritual do Fordismo. Se uma coisa é feita. Só aquela deve ser feita.
Para isso sim, discordo.
E bem discordado aliás.
Ficar sobre uma mesma ótica nos leva ao que os psicólogos chamam de ‘preguiça por conforto.’
Já em contra-partida, sair de nossa zona de conforto nos leva a evolução.
Descondiciona o olhar e faz um bem danado.
Bora evoluir não é mesmo?!
Taí minha maluquice por desafios.
Afinal de contas, se tivesse que me classificar por especialidades, ousaria dizer que sou um Fotógrafo de Emoções.
E pronto.
Duas DM’s trocadas pelo twitter e dias depois me via diante da mais importante Base Aérea do Brasil com a responsabilidade de contar um capítulo único da história de um grande homem que decidiu servir sua pátria antes mesmo de a si próprio.
Incrível.
Com vocês, passagem de comando ao Tenente Coronel Aviador Frigini Jr., hoje, Comandante da Base Aérea de São Paulo.

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Agora é sua vez! Diz aí!


7 Comentários

  1. Elis disse:

    Rodrigo, como muitas coisas nessa vida, fotografia é afinidade. E até por isso, um registro fotográfico pode ser feito de várias formas e sob vários aspectos. Para alguns, basta a foto em si, os personagens, o contexto e fim. Eu, particularmente, queria mais: pensei em quem poderia ver os acontecimentos daquela manhã de janeiro como eu, Elis, veria. Isso realmente é pedir muito, alguns diriam. É arriscado, sugeririam outros. Mas é aí que esbarramos na “afinidade”. Naquela semana que antecedeu à passagem de comando, só haviam duas pessoas às quais eu confiaria essa missão, pessoas com olhares que se complementam, penso eu. Só essas duas pessoas seriam atenciosas e carinhosas o suficiente para flagrar meu olhar orgulhoso e o interesse do Pipe – pelo PSP, lógico. E sou muito grata por você ter aceito fazer parte dessa história, Zapico. Hoje, vendo e revendo essas fotos várias vezes, sinto-me feliz por ter uma recordação digna do momento que as originou. Rodrigo, se eu tivesse que te pedir algo mais, seria para continuar enfrentando desafios. Para o seu crescimento e para a nossa felicidade. =)

  2. Zapico, esse post está simplesmente de arrepiar! Não só por eu conhecer e ter tanto carinho por essa família, mas sim, como você falou, por estarmos (na segunda pessoa mesmo, porque me sinto como se estivesse lá) “diante da mais importante Base Aérea do Brasil com a responsabilidade de contar um capítulo único da história de um grande homem que decidiu servir sua pátria antes mesmo de a si próprio” (nessa parte do texto eu já estava emocionada… imagina quando vi as fotos).
    Parabéns por encarar mais esse desafio. E tirar de letra!
    Beijo

  3. Luciana Aith disse:

    Muito emocionante mesmo!
    Parabéns :-)
    E você sabe que eu concordo em gênero, número e grau com o que escreveu.
    Meu novo site entra no ar (finalmente) daqui alguns dias, com fotos de tudo que eu faço, afinal… essa sou eu, essa é minha vida.
    Eu adorei te levar para alguns eventos não casamentos por aí ;-)
    Bjss

  4. Vi essas fotos num barzinho, no iphone da Elis, e entre outras coisas ela me disse: “como o olhar de vcs é parecido”. E não que isso me cubra de orgulho apenas, por ver que você registrou um dos dias mais importantes de duas pessoas que são e sempre serão muito, muito especial pra mim.

    Sempre disse pra Elis que ela era meu exemplo maior na fotografia e fora dela, como mãe e esposa. E talvez agora, com ela por essas bandas, vc tenha o prazer de ser parte dessa familia, como eu fui. De registrar momentos como aniversário do Pipe ou as conquistas pessoais desses dois.

    E depois de vê-la partir sem chances de Adeus, e pensando nos 3 anos de amizade, de cafés que tentamos marcar e não conseguimos, de tardes que a gente não perdeu a toa papeando, ou de saídas que não fizemos… eu penso como a vida é efemera, transitória e cheia de oportunidades que não voltam. Sim, guarderei comigo as tardes divertidissimas que passamos juntas, os papos com o Junior, sempre um querido… a bagunça com o Pipe… mas sempre vou ter em mim um pedacinho vazio, por todas as coisas que a gente não conseguiu fazer. E ver essas fotos, lembrar dela me mostrando com um baita orgulho e emoção, dela me dizendo o qto eu e vc tinhamos um olhar em sintonia, me faz pensar e te dizer: cuide das coisas que te importa sabe? alimente sim desafios, batalhe por novidades e busque esse crescimento aí que a dona Frigini setenciou. Mas acima de tudo, e por tudo que te importa, cuide das coisas que te fazem ser como é.

    Cuide de tudo que torna teu olhar especial, uma tarde de café, um barzinho, uma vida além de compromissos é o que vai te fazer ser grande e olhar pra trás com orgulho. De nada adianta passar uma vida correndo e ver sonhos esmagados entre a falta de tempo e de cuidado.

    As fotos? belissimas. Como aquela em que a borboleta te mostrou, bem no seu pé. Surpreso por eu comentar? pois é. A Elis me faz repensar a vida sempre, e agora em imagens, feitas por vc.

  5. […] This post was mentioned on Twitter by ANA PAULA, Rodrigo Zapico. Rodrigo Zapico said: E você? Costuma aceitar desafios? http://bit.ly/eI3YQr em especial agradecimento a @ElisFrigini. […]

  6. Renato dPaula disse:

    Fotógrafo de emoção. Gostei do rótulo. Porque na verdade é isso que você é. É isso que nós temos que ser.
    Experiência incrível. Parabéns pelo trabalho e parabéns também pelas palavras – como sempre, tão emocionantes quanto as fotos.
    Keep shooting my friend. You are very talented and a special guy.

  7. LILIAN disse:

    rÔ, VOCÊ ESCREVE TÃO BRILHANTEMENTE QUANTO FOTOGRAFA, ENFIM, EMOÇÃO PURA.PARABÉNS!!!

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Fotografia e Filmes de Emoção

A gente não busca histórias perfeitas.
A gente conta histórias verdadeiras.
E por assim ser, especialmente únicas.

Não que elas dependam da gente para acontecer.
Mas sim, dependem orgulhosamente da gente para permanecer.

O click é de fato o som do infinito.
O instante não volta.
A Fotografia jamais vai.
A emoção nunca pára.

Tome seu tempo.
Reviva seus sonhos.

Rodrigo Zapico


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É isso mesmo, você achou seus fotógrafos!
Vamos combinar uma conversa para você conhecer um pouquinho mais da gente e do nosso trabalho?
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