Engraçado como muitos de nós nos sentimos injustiçados ao ouvir qualquer um importado dizer que o brasileiro é um povo muito festeiro.
Somos mesmos. E sob minha humilde opinião, devíamos nos orgulhar disso.
Comemorar é festejar o que está dançando do lado de dentro.
Guardar para si bons sentimentos é a maneira mais óbvia de desenhar um autêntico egoísmo emocional.
Claro, isso não combina com sentimentos tão bons, né?
Se sentimos, porque não devanear aos quatro ventos?
Não penso isso como uma questão de divulgação. Mas como uma questão de merecimento alheio.
Ser feliz sozinho é hipotético.
E se assim o é, como querer viver essas tantas felicidades que colecionamos encerrados em uma caixa de vaidades?
Nada disso.
Em poucos instantes achamos um jeito simpático de comemorar tais acontecimentos.
Afinal de contas, há que se dizer, que mais que festeiro, somos mesmo um povo criativo.
Para sentir, para viver, para eternizar.
E olha, com sinceridade arrisco ainda somar mais um adjetivo especial nessa conta de nossa brasilidade: mutabilidade.
Embora pensemos essa porção de letras ligadas a um sinônimo apenas de mudança continua, preciso explicitar que dentre os principais significados que elas juntas podem ter, o de capacidade de compreensão e docilidade são os que mais me fazem justos.
Quando vivemos algo bom e decidimos comemorar, sublimamos nossas vontades e colocamos na mesa o desejo e a expectativa daqueles que erguerão a taça juntos de nós.
É como se os sorrisos alheios fossem os responsáveis pela potencialização do nosso.
E são.
Sentir ganha progressões geométricas quando se pode comemorar com quem nos é importante.
Afinal de contas eu disse que não era possível ser feliz sozinho.
Imagina então comemorando o primeiro dia de todos os outros do amanhã.

Danielle e Daniel somando bençãos, sentimentos e muita animação.

rz