Gosto de cinema porque nele o presente é perpétuo.
Ok, gosto por muitas outras coisas…
Mas, pensar que o roteirista, que pintou seu coração em uma história, é capaz de brincar com a eternidade é realmente mágico.
Não há passado nas histórias que assistimos.
A magia dos filmes está em reproduzir o tempo em sua integralidade:
Os fatos acontecem hoje. E acontecem amanhã. E acontecem depois de amanhã.
Como se fossem hoje, novamente.
Todos no presente mais palpável possível.
Todos com o frescor tão leve como da primeira vez que foram contados.
Paramos, assistimos e nos transportamos para um déjà vu que nem ao menos vivemos, mas nos apropriamos.
Sentimos uma identificação grande. Nos permitimos sonhar. Nos permitimos querer viver um filme.
Queremos ter o prazer de sentir o frio na barriga a cada play.
E aí, se o botão liberar em nós uma dose de pessoalidade, melhor ainda.

Antigamente tínhamos as retrospectivas. Todos amavam.
Ao longo do tempo, ver fotos de nossa infância, embora fosse tido como ‘fofo’, não alimentava o prazer de ter todos os convidados diante de uma tela por um longo tempo.
Faltava contato. Faltava apelo emocional. Faltava conexão.
Aí ao invés de colocarmos as fotos para relembrar, decidimos por os componentes das imagens para falar.
Surgiu o “Contando Histórias”:
Um ensaio pensado para fazer o casal não atuar, mas viver.
O que são. Como são.
Vale voltar ao lugar onde se conheceu.
Vale repetir os primeiros passeios.
Vale fazer o que se faz diariamente.
E aí, com coração quentinho, é a hora de contar a vida.
De reviver, se emocionar e encantar.
Jaqueline e Daniel, da sala da Faculdade para o parque de diversões da vida.

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