O mundo está superpovado de cientistas.
O mundo está repleto de gente curiosa.
O mundo está cheio mesmo.
Já buscaram saber como o planeta surgiu, como as doenças acabam, como os dias vão se seguir.
Não ousaram tentar entender sentimentos. São medrosos.
Embora alguns de vocês, enquanto lêem estas poucas palavras, balancem a cabeça freneticamente no sentido Leste-Oeste da vida, sigo pensando no motivo que me inspira a escrever como sendo meu norte mais austral.
E não porque ouse fazer o que ninguém mais o fez. Não sou gênio.
Sei sentir.
É aí justamente que está o maior dos propósitos disso e de todos os outros “issos” da vida. Sentimentos.
Por sermos humanos, somos construídos de muitos defeitos. E não que sejam um problema. Mas são para nos mostrarem que cada um tem o seu direito de ser um. Único e especial.
Vivo pensando que o maior de todos eles é querer explicar o que não precisa de explicação.
Parece que para a gente o que faz sentido é o que já foi provado e não o que foi sentido.
Discordo.
Mas em gênero número e grau mesmo.
Hoje é dia das mães. Nunca fui mãe, e por clara evidência jamais o serei.
E não é por isso que não consigo entender que a minha, a melhor do mundo mundial, tem por mim e pelo Mini RZ um tipo de sentimentos que é indescritível, inexplicável, imensuravél.
Vai dizer que você, durão, não acha incrível o poder que Deus nos dá de formar uma vida e guardá-la com seu próprio corpo durante 9 longos meses?
Pois é, acontece que as vezes o pacote que se carrega dentro de si é um pouco afobado e quer sair antes do tempo.
7 meses já tá bom, não tá?! Mas ó, é só pra dar emoção e estrear nessa encarnação com um toque de Cinema Hollywoodiano. Desculpa tá mãe? Prometo que na próxima vou tentar esperar as 40 semanas.
E aí, essa coisa miúda e frágil, embora sorridente, decide aos primeiros dias de vida, que quer ser o centro das suas atenções – de seu pai e de sua mãe também, afinal de contas, avós são pra isso – e faz você conhecer todos os tipos de especialidades do mundo da medicina.
É, não é legal né?
Mas poxa, essa coisa de começar estreando em clima de cinema antes do tempo sobe a cabeça do bebê, juro procês.
Daí não tem jeito, quer ser estrela-centro-das-atenções o tempo todo. Mesmo que isso custe algumas picadas, alguns incômodos exames e algumas noites sem dormir.
São ossos do ofício de viver em estréia.
Mas tudo bem né? Chega uma hora que o espetáculo já se encaminha, as cenas mais difíceis já são feitas sem precisar recorrer à ajuda dos que nos ditam os traçados a seguir e tudo parece caminhar profundamente nos trilhos da normalidade.
Mas isso de roteiro certinho é coisa de filme bom? Não né?
Então a vida brinca com a gente e a gente briga com a vida. Minha mãe sempre me dizia que a maioria das brigas começava em brincadeira mesmo. O bom é que as pazes vem logo depois. Ufa.
Depois da tempestade, a calmaria, certo? Errado, porque a sua pequena estrela não vai querer ser solitária e logo logo questionará como vai poder um dia brincar com seus sobrinhos se nem ao menos tem um irmão.
E providencia-se um novo anjo. Ok, não tão anjo assim. Mas novo! :)
E todo a história que esperava-se viver novamente não se vive.
Que bom! O cinema troca os filmes periodicamente mesmo né?
E mesmo com os críticos apostando nos problemas menos óbvios, as coisas se sucedem diversas vezes como num filme água-com-açúcar, bom de assistir, delicioso de se viver.
É, começo achar que o que aprendi dia desses faz sentido mesmo:
os críticos no fim das contas são uns frustados que não sabem nem ao menos copiar boas histórias.
Mas convenhamos, eu bem acho que minha vida podia ser um filme:
Coisas que se sucedem a quem aparece nessa vida na hora da pré-estréia.

Mãe, obrigado,…muito obrigado.
Assim, com pausas mesmo.
Porque só elas e nós sabemos o quanto os espaços de calmaria foram necessários para que todas as nossas tormentas fossem capazes de ser navegadas não é mesmo?
E se disserem que não, perdoe-os, eles não sabem o que dizem. Nem nunca vão saber.

Obrigado por me fazer. De um jeito mal-feito, é bem verdade, mas que agora, depois de 24 anos, até que ficou bem feito né?
Obrigado também por  fazer o Renato. Esse bem feito desde sempre! Embora meio fora das linhas-guia. Bom, tudo bem, é bem mais fácil endireitar que refazer.

E ó, esquece o que dizia a Tata, minha vó, tá?
Muito bem fez você de ter me levado pra cima e pra baixo para que eu pudesse estar aqui hoje chorando diante de algumas polegadas de LED.
Ok, até hoje não gosto de gente de branco.
Mas melhor não gostar deles, que nem ao menos poder vê-los.

Feliz dia das mães a diretora do filme de minha vida!
E a minha produtora executiva, Tata, é claro!
Afinal de contas, como seriam meus dias de vida sem os cafés-da-tarde-casa-de-vó e as inúmeras maçãs descascadas?

Um dia especial, com muito carinho, para tantas outras super mulheres que se inspiram no filme das suas próprias mães para criar um conto de fadas perfeito para sua vida.
Desconfie de quem diga que vocês são humanas.
Vocês não são seres normais tá?  Só pra constar!

Ei, você que já leu o texto!
Desligue o computador e vá dar um super beijo em sua mãe por todos aqueles que você deixou um dia de dar!

rz

 

Família Feliz

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Agora é sua vez! Diz aí!


6 Comentários

  1. Vinícius Nunes disse:

    É tio Rô…
    Difícil não ficar com as vistas embaçadas diante dessas letrinhas miúdas. mas que ficam grandiosas em nossos corações.
    Suas frases trouxe cheirinho de memórias. Como não recordar do bolo de fubá quent/fofinho, com café preto passado no quador de pano que a vovó me preparava todos os domingos antes da volta pra casa.
    Ou do misto de presunto e queijo com mel feito na misteira de ferro sobre a brasa do fogão de lenha…
    Obrigado

  2. Luciene de Souza Rosa disse:

    Nossa menino!!! Mais uma vez me pego super emocionada diante de seus textos. Que sensibilidade. Parabéns a sua mãe não só hoje que é convencionalmente o dia das mães, mas todos os dias. Na oportunidade de conhecê-la pessoalmente, mesmo que breve, pude sentí-la e percebê-la uma grande mulher. Tá ai o resultado: um filho brilhante, sensível e que através das lentes da câmara traduz emoções que muitas vezes as palavras não contêm. Um grande abraço nela por mim, Beijos e Deus lhes abençoe.

  3. Lilian Puga disse:

    Que texto emocionante, dá pra sentir que veio de dentro! Beijo na Camem!!!

  4. Alessandra disse:

    Carmem Zapico!
    Nos meus longos 7 min de conversa com ela, ja gostei muito!
    Beijo da noiva (mega ultra) falante,
    Alessandra

  5. Marina Matos disse:

    Valia chorar num texto que é pra mãe, se você não é uma?
    Meu Deus do céu, Rodrigo! É incrível o seu dom de emocionar as pessoas! De um jeito ou de outro, os seus textos sempre me tocam. Mesmo numa segunda fria e chuvosa, o coração fica quentinho =)
    Já pensou em lançar um livro com sua fotos e seus textos? Seria o maior sucesso! :D

    Muitos e muitos parabéns pra sua mãe que, tenho certeza, é uma pessoa hiper mega especial. E que tem um coração bem forte, pra segurar tanta homenagem linda que esse filho faz pra ela =)

    Beijo beijo!

  6. Ge Martins Bueno disse:

    Fofuraaaa… Saudades…
    La preciosa então… com esse sorriso de super mãe (que sorri com o olhar) merece um grandissíssimo beijo na bochecha!
    Muito amor pra vcs sempre!
    Beijocas saudosas da Gê.

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Fotografia e Filmes de Emoção

A gente não busca histórias perfeitas.
A gente conta histórias verdadeiras.
E por assim ser, especialmente únicas.

Não que elas dependam da gente para acontecer.
Mas sim, dependem orgulhosamente da gente para permanecer.

O click é de fato o som do infinito.
O instante não volta.
A Fotografia jamais vai.
A emoção nunca pára.

Tome seu tempo.
Reviva seus sonhos.

Rodrigo Zapico


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É isso mesmo, você achou seus fotógrafos!
Vamos combinar uma conversa para você conhecer um pouquinho mais da gente e do nosso trabalho?
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