Sempre ouvi dizer por aí, em esquinas, durante 15 minutos frenéticos, que caminhar é sentir a história por poros tão exageradamente abertos que os filtros de sensações se dissipam.
Cruzei os limites da fronteira invisível entre duas línguas. Quando pisquei já estava em Portugal, me familiarizando com um português muito mais difícil que japonês.
Regionalismos, e do lado de lá do oceano são um tanto quanto, distintos.
Que a Europa é o berço da humanidade, acho que nem o mais cético retrucaria.
Agora, sofismas bem feitos, chegamos a conclusão de que a Europa é então o berço de tudo. De vinícolas a amores avassaladores. De ruas estreitas, a fé avassaladoras.
Ir a Porto e não passear em uma das enotecas é ininarrável. Caí quase sem querer dentro da Graham’s.


Para as tradições não se perderem por entre Gigabytes de novas tecnologias, sigo a onda de Cazuza e digo que os museus se enchem de novidades. Pelo menos pra mim.


Caminhar por ruas desconhecidas é quase como um final de episódio de série a cada esquina. Ainda que você tenha o roteiro que vá fazer, os olhos te entrega uma emoção que talvez palavras não fossem capaz de entregá-las. A luz pinta o momento que você quer guardar na gaveta do criado-mudo. A fotografia se faz. E se refaz a cada novo instante.


E daí, numa caminhada qualquer, com os olhos tão abertos quanto o peito para receber estímulos, você percebe que asas libertam, espreitam e motivam uma série de fatos.


E aí você passeia pela cidade. Reconstrói rotas. Refresca desejos. Estimula vontades.

Fins de tarde sempre trazem consigo a esperança da mudança. Um momento de transição. Um momento para aprender que não importa em que sorriso você acredite, energias alheias movem muito mais que montanhas.

Soluços a parte. Fátima e Porto. Entre ruas estreitas e o coração alargado de emoções.
rz

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Agora é sua vez! Diz aí!


4 Comentários

  1. Luciana Aith disse:

    L-I-N-D-O!
    Adorei a flor vermelha entre as amarelas, a bandeira do Brasil, o “vestir bem é barato”, o senhor na escada, o cara ajoelhado com a cruz ao fundo…

  2. A cada post seu sobre sua Eurotour fico mais atiçada a começar a juntar uns cacarecos pra, um dia, conhecer a Europa. E conhecer a Europa sem ir a Portugal não dá, né? Mais um lugar na minha lista de desejos.
    Beijos

  3. Adorei. A P&B do velho na escada é a minha preferida. Arrasou.

  4. Karla Rudnick disse:

    Lágrimas à parte, caí aqui meio sem querer, não quero mais sair!
    Não conhecia o Porto, quase posso dizer que estive lá. Obrigada.
    Realmente, o senhor na escadaria poderia ter saído de qualquer galeria dos mestres que admiramos.

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Fotografia e Filmes de Emoção

A gente não busca histórias perfeitas.
A gente conta histórias verdadeiras.
E por assim ser, especialmente únicas.

Não que elas dependam da gente para acontecer.
Mas sim, dependem orgulhosamente da gente para permanecer.

O click é de fato o som do infinito.
O instante não volta.
A Fotografia jamais vai.
A emoção nunca pára.

Tome seu tempo.
Reviva seus sonhos.

Rodrigo Zapico


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É isso mesmo, você achou seus fotógrafos!
Vamos combinar uma conversa para você conhecer um pouquinho mais da gente e do nosso trabalho?
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