Me lembro bem dos meus primeiros Finais de Ano na praia.
Devia ter meus 10 anos, ou algo assim.
E das noites que antecediam o Adeus aquele ano que passou, uma delas era especial:
A noite da Retrospectiva da Globo.
Uniam-se em nossa sala uma série de comentaristas-de-finais-de-semana: Vô, vó, mãe e convidados.
Cada um tinha um parecer para cada uma das coisas que havia sacudido o planeta naqueles últimos 365 dias.
Palavras de indignação sempre eram intercaladas com expressões de surpresa por estar vendo um fato que já se pensara estar arquivado em nossa memória afetiva.
E íamos dormir tarde, bem tarde, pensando em tudo que o Sérgio Chapelin tinha dito.
As crises mundiais, o futebol, as disputas presidenciais, os ataques terroristas, as frases de efeito que só o ‘padrão Globo’ de produção é perspicaz para criar.
E aí sim, a gente se sentia apto a cantar a música: “Adeus ano velho, feliz ano novo, que tudo se realiiiiiiize…”
Cresci um pouco, digo, envelheci um pouco.
Se antes precisávamos da Retrospectiva para poder receber o dia 1º de Janeiro, hoje me pergunto se não seria mais justo pensarmos nas perspectivas e expectativas relativas às próximas primaveras, verões, outonos e invernos.
As Retrospectivas quase sempre têm formato padrão: o que foi bom, o que foi tragédia, o que foi diferente, embora igual, e o futebol, ah, o futebol!
Já as expectativas, nos deixam ser quem verdadeiramente somos. É quase como identidade. Cada um tem a sua. E não adianta falsificá-la. Alguém certamente saberá da trapaça. Ao menos você.
Talvez você pense agora que eu não acho justo relembrar as coisas.
Não seja tão cético amigo.
Eu adoro relembrar as coisas! Mas, como o samba dizia, lembrar é fácil para quem tem memória, esquecer é difícil para quem tem coração.
E por assim ser, utilizando paulatinamente este meu músculo deveras saltitante, você acha que seria eu capaz de esquecer o quanto este ano foi especial para mim?
Não pela retrospectiva padrão que poderia criar, mas pela vivência única e especial destes últimos 12 meses aqui neste mundo.
Fiz parte da vida de muitos casais. Orgulhosamente!
Escrevi suas histórias com os olhos pareados com o coração.
Fiz parte do meu casal.  Deliciosamente!
Fiz parte da minha família. Carinhosamente!
E todos os erros e acertos deste 2011, me fizeram o que estou hoje.
Como diria a Mônica: Papai Noel este ano eu queria…te agradecer muito!
Dizem que em 2012 o mundo acaba.
Se acredito? Não, claro que não. Afinal de contas seria muita injustiça, não é mesmo?
Ainda temos uma perspectiva tão verdadeira pela frente, que saber controlar as expectativas nessa retrospectiva 2011 está bem complicado!

Desejo de verdade, que ano que vem vocês possam perceber que as vezes não é preciso mudar, mas sim, ACREDITAR.

2012, entre sem bater!

 

rz

RODRIGO ZAPICO - 2012

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Um comentário

  1. Marina Matos disse:

    Realmente, tá difícil de controlar as expectativas!! Ainda mais quando não é só um ano novo que vai chegar, e sim tantas outras coisas =)
    Que 2012 seja ainda muito melhor que 2011. Que todos nós tenhamos coragem e sabedoria para realizar todas as loucuras deliciosas que o nosso coração mandar! E que façamos muitas pessoas ao nosso redor mais felizes =) Pois todas as coisas que sonharmos, desejarmos e acreditarmos, podem ser reais!

    Beijo beijo pra toda família linda vai continuar encantando todos nós em 2012!! ^^

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Fotografia e Filmes de Emoção

A gente não busca histórias perfeitas.
A gente conta histórias verdadeiras.
E por assim ser, especialmente únicas.

Não que elas dependam da gente para acontecer.
Mas sim, dependem orgulhosamente da gente para permanecer.

O click é de fato o som do infinito.
O instante não volta.
A Fotografia jamais vai.
A emoção nunca pára.

Tome seu tempo.
Reviva seus sonhos.

Rodrigo Zapico


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É isso mesmo, você achou seus fotógrafos!
Vamos combinar uma conversa para você conhecer um pouquinho mais da gente e do nosso trabalho?
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