O que é o tempo,
se não uma medida
estática, real e forçada
criada por alguém
que sequer tinha coragem
de assumir que das coisas
da vida, as mais marcantes,
simplesmente desrespeitam
essa prisão?
Pergunte a um olhar
quando foi que ele surgiu
para que tomasse posse o amor.
Converse com um sorriso
para saber qual foi o tempo
em que ele aconteceu
para que não fosse preciso mais nada.
Fale com um abraço
para descobrir quanto durou
aquele descontrole das pernas.
Na vida, não temos banco de horas.
Vivemos na corda bamba do agora,
onde só é preciso entender
que o ontem já passou
e o amanhã ainda não chegou.
Equilibre-se em única coisa:
Não é sobre duração
é sobre sinceridade
e mais,
sobre intensidade.

Fabi e Octavio, na intensidade do que não se mede.
rz