No braço direito, levo um RZ que me dá identidade.
Dentro, lado a lado com a morada de meus sonhos e sentimentos
levo orgulhosamente todos os desafios que se tornaram passos de minha caminhada.
Não é que tenha sido longa até aqui, mas foi proveitosa.
Foi cheia de mim. Foi cheia de todos.
O importante de cada desafio não é o que ele te faz conquistar,
mas sim, o que ele faz de você.
Me construí desse jeito simples: me desfazendo.
Deixando pedaços de mim.
Recolhendo os outros.
Numa espécie de lego moderno, em que peças não tem cores nem formatos,
colecionamos sentimentos.
De todas os tipos. De todas as intensidades.
Não que eles precisem se encaixar,
mas eles se conversam, se aceitam e prosperam.
Surgem onde não esperamos e onde esperamos também.
E nos desafiam.
A senti-los.
A repassá-los.
A vive-los.
Entramos no avião com o trajeto certo: Maranhão.
Desembarquei já ouvindo da noiva um desafio-convite sensacional:
“Vai ser o seu vídeo mais lindo!”
Uma pena. Ela estava enganada.
Sim, o vídeo é lindo.
Mas, nem de longe por ser meu.
Sim, pela história deles. Pelo amor deles. Pelo encanto deles.
Marília e Marcos, no ritmo da toada que encanta corações.
rz
*Não deixe a velocidade da internet parar sua emoção. Aperte o play, pause, espere a barrinha carregar e ENCANTE-SE.
Quando começamos a conversar com o Rodrigo por email, antes mesmo de fecharmos o contrato, eu, noiva ansiosa, perguntei a ele sobre a viabilidade de levar de São Paulo para São Luís todos os equipamentos que eu julgava necessários para registrar o nosso casamento, como sliders, steadycams e monopé. Ele então me respondeu que eu ficasse tranquila, que ele levaria todos esses equipamentos, mas que levaria na bagagem, também, algo muito mais importante: o coração. Naquele dia eu descobri que seria preciso muito mais que uma câmera na mão para fazer o dia mais importante da minha vida durar para sempre. Descobri que era preciso ter o coração na ponta dos dedos.
E ter um coração na ponta dos dedos significa ser sensível ao fato de que eu e meu marido nos mudamos do Maranhão após o casamento. É perceber a importância que o Maranhão tem para nossas vidas e para nossa história juntos. E mais, é sentir, em uma única noite, o quão forte é a relação do povo do Maranhão com o bumba-boi e o quão surpreendente, emocionante e encantador seria incluir um pouco dessa manifestação cultural no nosso vídeo.
Ter o coração na ponta dos dedos é, sobretudo, perceber tudo isso sozinho. Porque nós não comentamos absolutamente nada com o Rodrigo sobre bumba-meu-boi. E, pelo visto, isso não fez falta.
Que video lindo, encantador, sensível, emocionante, amoroso, afetuoso, contemplativo…perfeito, perfeito. Já posso parar de chorar?