Daquelas coisas que mais faltam em nossos dias, tempo é de longe um destaque na lista.
A correria, que tantas vezes já foi tema de minhas poesias, vez ou outra se vê no palco de destaque das histórias que contamos por aqui.
E não é que o amor esteja perdendo seu espaço para o relógio. Nada disso.
É simplesmente que muitas vezes sentimos necessidade de agendar coisas que na realidade, queremos apenas sentir.
Não nos culpemos. Afinal de contas o determinismo está aí.
Ainda que mantenhamos nossa essência intacta, claramente precisamos adaptar nossos desejos de sorrir às nossas necessidades de cumprir horários.
Olha que numa antítese maluca isso é quase bom.
Planejamos tanto um espaço em nossos minutos escassos que quando o atingimos é um ápice de prazer.
É proveitoso.
É prazeiroso.
É gostoso.
E é assim, marcando dias, momentos e espaços que vamos passo a passo construindo aquele tipo de coisa que jamais tem final: o sentimento.
Podemos até marcar um dia para comemorar a união.
Mas, parceria mesmo a gente vê naqueles dias que torcem a lógica do calendário.
Confesso que a gente até tenta organizar um tempo para aproveitar algo.
Mas, ser verdadeiro mesmo é aproveitar algo todo o tempo que temos.
Sorrir é passaporte e é antídoto.
Para os momentos que não temos.
Para os momentos que não esquecemos.

Dizem que ser feliz ocupa tempo. Tempo que se ganha dividindo sorriso, carinho, sentimento. Exatamente do jeito que a Oshry e o Bruno fazem, em seu tempo de serem felizes.

rz