Das coisas que ficam mais martelando em minha cabeça está algo que me foi dito há muito tempo:
“Aconteça o que acontecer, nunca deixe de ser você mesmo.”
O conceito era bastante óbvio quando a ouvi. Sequer entenderia qualquer propensão para não o seguir.
Agora, anos depois, embora veja o quanto isso ainda segue simples, esbarro algumas vezes na lógica do convívio.
Sim, viver em sociedade civilizada é um troço deveras estranho.
Falamos muitas vezes o que querem ouvir.
Fazemos muitas vezes o que querem ver.
Pensamos muitas vezes o que disseram ser a verdade.
E não é que não tenhamos nossas próprias vontades.
É que as vezes escolhemos uma mini-fantasia para não sairmos na avenida nús sobre a alma de nós mesmos.
Afinal de contas, a gente tende a buscar um bloco no qual nos sentimos adequados.
Seja de fantasia, seja bailando.
E não é que eu veja isso como um defeito. Mas vejo como uma defensa.
Nos defendemos de ousarmos.
Nos protegemos de arriscarmos.
Nos amedrontamos de ser diferente do que esperam.
E aí acontece que as vezes deixamos de ser, aquilo que mais queríamos: nós mesmos.
Afinal de conta, para ser é preciso antes de mais nada, coragem de existir.
Se fosse procurar na enciclopédia, digo google, encontraria alguma definição disso como ‘Determinismo’.
Então quando viro as páginas e vivo algo que mostra que realmente sempre há exceções para as regras, é para sorrir.
Renata e Sérgio. Exatamente como são. Sem personagens ou fantasias. Com caras e bocas.
rz
Oi Rodrigo,
Amei o seu texto.
Realmente é muito dificil sermos nós mesmos quando nos tornamos adultos.
Mas a culpa é deles, dos adultos, que ficam o tempo todo limitando nossa criatividade e ações ao dizerem: não faz isso que é feio, não faz isso que é errado, assim não pode.
Viramos todos soldadinhos com códigos de barras, zumbis em criatividade e ousadia.
Quem bom que esse casal conseguiu fugir um pouco disso.
E que bom que eles contrataram um fotógrafo competente e sensível para perceber tudo isso.
beijos,
Ana
PS:Amei tb o vestido da noiva!