Surtei.
Sério.
Ontem, segunda, fazendo o terceiro backup do evento de domingo parei pra pensar qual o número de imagens que meus olhos haviam idealizado eternizar.
Fiquei meio encucado com isso e parei para fazer algumas contas um tanto malucas.
Quando comecei com a fotografia, há longos anos, usei como laboratório profissional, o palco inicial bem conhecido de muitos fotógrafos sociais que conheço. Formaturas. E foram, exatamente 277 eventos realizados. Muitos? Não sei não. Mas foram esses. Sempre fui um tanto controlado com esses números. E daí fazendo as contas cheguei a incrível soma de mais de 225.000 clicks nesse período da minha vida.
Em se falando de casamentos, que inclusive me têm totalmente exclusivo há pouco mais de 2 anos e meio, somo mais de 90 registros de grandes dias e aproximadamente outras 135.000 micro-poesias de cada instante idealizado.

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A filosofia que este gutural aqui quer propor é justamente o quanto cada unidade desses números pode ter sido essencial na vida das pessoas que foram envolvidas em cada uma das pinturas do momento. Quantos sorrisos foram gerados? Quantas lembranças foram avivadas? Quantas situações gostosas voltaram a fazer parte de um par de olhos?
Daí vivem me perguntando o que acho do curso superior de Fotografia.
Besteira? Não não. Acredito que qualquer fundamentação teórica é válida.
Mas, o fato mais plausível é que não há ensinamentos para as sensações. Para as emoções. Para os sentimentos.
Ou se sente, ou não se sente. Se fingir vale para alguns relacionamentos, na fotografia não cola.
Se um graduado fotografar apenas com a técnica obtida nos limiares da universidade, o que ele vai obter é uma arte-manca. Só com técnica, sem liberdade de expressão.
Reitero como tenho feito ferozmente em todos os ultimos posts: há que se fotografar com o coração. Os olhos são a janela da alma. E sério, ela é capaz de todas aquelas coisas que a razão desconhece.
Aquele sorriso sem nenhuma palavra.
Aquela lembrança que conforta.
Aquele momento em que os envolvidos agradecem por ter uma fotografia.
Para aqueles que não sabem. No meu diploma, preso na parede, consta um título de publicitário.
Se você quiser ser titulado com fotógrafo, bacana. Mas, tenha certeza de que seu coração fala mais alto quando empunha um aparato que mimetiza a vida dos outros, não pelas linhas da graduação, mas pelo fato que nem mesmo você sabe explicar.

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Agora é sua vez! Diz aí!


4 Comentários

  1. Luciana Aith disse:

    Eu sou fotógrafa com muuuuuito orgulho.
    É tanto amor que nem dá pra explicar, como você bem finalizou seu texto.
    Adorei as contas.
    Eu, que amo esse tipo de contas, rsrs, nunca fiz nada parecido.
    Bjsss

  2. Marina Favato disse:

    Ro,

    Tá na cara que a troca de profissão foi mais que justa. Eternizar momentos, cativar pessoas e compartilhar alegrias é o que você sabe fazer melhor! Que sua estrela brilhe cada dia mais e que continue fazendo a diferença na vida dos outros. :)

  3. Beta Bernardo disse:

    Rodrigo, perfeito!!!
    Eu sempre fui amante da fotografia, desde criança. Já falei dessa paixão algumas vezes.
    Sempre com a xeretinha que dava eu ia registrando meus acontecimentos. E sempre era a fotógrafa oficial dos encontros mesmo sem perceber.
    Esse ano a vontade latente de fazer um curso virou realidade e com ele a fotografia foi tomando um vulto na minha vida que até agora não consigo dimensionar. Tô respirando isso. Só penso nisso. A fotografia me escolheu mais do que eu a ela. Não que isso seja chave pro sucesso. Mas acho que algo ao qual não dava ouvidos começou a gritar nos meus ouvidos esse ano. Aliei a técnica do curso à paixão que tinha e ao olhar que estou smepre em busca de aprimorar.
    Fotografia só com técnica? Não dá! Vence! Fotografia com olhos de ver e coração que pulsa? Não tem prazo de validade.. eterniza!
    Eu amo o que faço, ainda não exclusivamente. E seu texto caiu como uma luva pra mim e com certeza pra qualquer apaixonado pela fotografia!
    Parabéns pelo texto e pelo amor que transmites em cada click! Mesmo sendo muitos são lindos e emocionantes!
    Bjks, Beta

  4. Gisela disse:

    Amor acho pouco,em mim já passou pro vício,vejo fotografia a qualquer momento do dia e da noite tb,quando na tv,ao viajar ( fico imaginando que legal seria estar com minha lindinha ali ) quando vejo qualquer momento de felicidade na rua logo penso em eternizar por isso digo que isso já passou de amor já é vício,e que vicio bommmmmmmmmm.
    Bj

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Fotografia e Filmes de Emoção

A gente não busca histórias perfeitas.
A gente conta histórias verdadeiras.
E por assim ser, especialmente únicas.

Não que elas dependam da gente para acontecer.
Mas sim, dependem orgulhosamente da gente para permanecer.

O click é de fato o som do infinito.
O instante não volta.
A Fotografia jamais vai.
A emoção nunca pára.

Tome seu tempo.
Reviva seus sonhos.

Rodrigo Zapico


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É isso mesmo, você achou seus fotógrafos!
Vamos combinar uma conversa para você conhecer um pouquinho mais da gente e do nosso trabalho?
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