Para todos aqueles que me conhecem, falar que a Apple é uma das marcas mais respeitas por este que vos escreve é claramente óbvio.
Também pudera, como publicitário não poderia deixar de exaltar as qualidades de uma marca não só pelo seus produtos mas sim pelo grande lance de ‘agregados’ envolvidos na construção de uma espécie de sociedade da maçã. Não critico aqui o windows ou os PC’s de um modo geral. Se você os usa, tudo bem. Se você nunca experimentou um Mac, te convido a entrar na brincadeira, e só. Não vou balizar um daqueles dilemas do século, nem coisa do estilo. Não é o intuito deste post. #fato.
A verdade é que passeava em algum link muito comum quando me deparei com o incomum: um arquivo extenso de peças publicitárias da Apple.
Para os apaixonados por design contemporâneo, não só de peças publicitárias mas também design estrutural e de produto, é impossível ficar inerte a cada um dos lançamentos da empresa do titio Jobs. O que eu, confesso, não sabia é que o grande lance de ‘marca-conceito’ já existe no estatuto da Apple desde os ‘late 1970s’.
Guardada as devidas proporções, a evolução da apple em design e inteligência marketística parece estar sempre aquém de seu tempo.

Em 1970, enquanto a apple mostrava ao mundo isto:

1977aisforapple

1979adamapple

1979studenthours
Grandes marcas já inseridas no mercado publicitário, apenas em critérios de exemplificação, faziam isso:

anuncio1970
1970_2
A diferença era clara na tendência expressa na arte visual e conceitual dos anúncios, não precisa ser um gênio para ver isso.
O que a marca queria com isso? Claramente segmentar seu público. Condicioná-lo a uma nova tendência, expressa por eles, só por eles.

Em 1980, o que vimos, foi isso:

1982greatcarrots
1983apple3mail
A Apple já apresentava sua primeira reformulação de logomarca e passava a usar frases de mais impacto e mais reflexivas. Era uma aposta alta para um mercado não condizente com esses tipos ‘estrambólicos’ de propagandas. Até então tudo era bem ‘branco no preto’.

Em meados de 1990, um grande salto até mesmo em relação aos meios de produção utilizados e novidades da companhia teve reflexo na comunicação da marca, agora os anuncios já passavam a se encaminhar ao que vemos hoje. Less is more: Fundo Branco, letras garrafais para uma frase impactante.
1993applemultimedia
Anos 2000. A revolução em termos de layout, design e concepção. Adeus longos textos de assinatura. Logo limpo, tudo limpo. Digno de Oscar, é o ou não é?

2000ibook
2001titaniumpowerbook
iphone3gbillion
O que eu quis com tudo isso? Especificamente nada. Mesmo.
O grande lance é que, como publicitário, gosto de ver a evolução dos conceitos e das campanhas das marcas que hoje tendenciam o segmento a que pertencem.
Claro, não puxo sardinha para o meu lado não. A Apple não é o que é hoje apenas pela sua publicidade.
Tudo corrobora para esse sucesso absoluto entre todos os heavy-users de tecnologia.
– O design de produto é fantástico. Inigualável. Pode ser ruim, mas é muito diferente. E como o próprio slogan da marca determina Think Different.
– A qualidade é pouco questionável. Claro que em diversos segmentos aos quais faz parte existem concorrentes tão bom ou até mesmo melhores. Mas, nenhum tem o espírito da Apple em si.
– Diferenciação é o grande ponto: Existem muitos Mp3 player, mas um picorrucho, todo coloridinho que faz sucesso entre 99% dos mini-burgueses, só um, e eu nem preciso falar o nome.
– A avalanche de significação para quem possui uma maçãzinha colada no carro, no caderno ou na testa mesmo é inquestionável. Todos querem. Ou já quiseram, ou vão querer.
– Dizem que os engenheiros da marca pensam hoje no que vai ser sucesso depois de amanhna. Concordo.

Bom, e se vocês tiveram paciência de chegar até aqui e viram tudo isso. Obrigado! Digam o que pensam também.
E saibam que essa era minha primeira intenção de tese de mestrado: Love Brands.

rz

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2 Comentários

  1. Lu Aith disse:

    Eu li tudinho pq vc é meu amigo, pq esse assunto não é dos que mais me interessam… hahahaha
    E achei o post interessante, então sinta-se elogiado :o)
    O que eu acho?
    Ainda uso PC (percebeu o ainda?).
    Já estou convencida a ter um MAC, mas dá uma preguiiiiiça…
    Preguiça de me planejar financeiramente (tenho uma estrutura grande em PCs) e de aprender a usar… pq eu já usei e me atrapalho toda.
    Mas um dia vou encarar, em breve.
    Bjs

  2. Marcelo disse:

    Aeee..Rodrigo!!
    Fazia tempo que não passava por aqui…
    Gosto dessa “casa”..sempre um post interessante..
    Agora eu quero te fazer uma pergunta..talvez te coloque numa saia justa..rs
    Para ser médico tem que estudar medicina..advogado (direito)..engenheiro (engenharia)..
    Quero ser fotógrafo..
    Tenho que fazer faculdade de fotografia???
    Pois vejo que há muitos bons fotógrafos com outras formações…
    Grande abraço..

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Fotografia e Filmes de Emoção

A gente não busca histórias perfeitas.
A gente conta histórias verdadeiras.
E por assim ser, especialmente únicas.

Não que elas dependam da gente para acontecer.
Mas sim, dependem orgulhosamente da gente para permanecer.

O click é de fato o som do infinito.
O instante não volta.
A Fotografia jamais vai.
A emoção nunca pára.

Tome seu tempo.
Reviva seus sonhos.

Rodrigo Zapico


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